terça-feira, 15 de maio de 2012

E = mc² - A política da relatividade

O post abaixo foi extraído do tumblr do Instituto Ciência Hoje e eu não o alterei de forma alguma.

 

Emc2

A fórmula acima você provavelmente já conhece. É uma das mais conhecidas do mundo. Mas talvez nunca a tenha visto assim - escrita pelo próprio punho de seu famoso autor, Albert Einstein.

Observe a caligrafia, a tinta preta, a elegância da fórmula. Há um senso estético nela. Há uma beleza na primeira vez das coisas. E esse é o primeiro registro da equação que, não é exagero dizer, mudou o mundo.

manuscrito que contém a ‘despretensiosa’ fórmula - que apresenta a equivalência de massa e energia - é um dos milhares de documentos que estão sendo disponibilizados, aos poucos, pela Universidade Hebraica de Jerusalém, instituição fundada pelo físico e para qual doou 80 mil documentos, entre os quais anotações pessoais, diários de viagens, cartas que trocou com a amante e esboços dos conceitos que viriam a mudar para sempre a forma como se faz física. Navegue pelos documentos por aqui

Viagem

Postal

Entre as curiosidades, que não poucas, como correspondências secretas e diários de viagens com pequenos desenhos, um postal para mãe que termina com um doce “Carinhosamente seu, Albert” e papéis históricos, como o esboço da teoria da relatividade geral, revela-se uma faceta um tanto esnobada do físico: o de pacifista. 

Um documento, que a universidade israelense promete disponibilizar em breve no site, expõecarta enviada a um jornal árabe em que o cientista propõe um conselho secreto formado por árabes e judeus com as mais diversas formações para dar fim ao conflito secular entre os dois povos.

Apesar de ainda não estar disponível na internet, apenas a menção do conteúdo dessa carta já foi suficiente para o nosso editor de internacional, Cássio Leite Vieira, historiador da ciência e profundo admirador de Einstein, pedir licença para comentar a importância da divulgação das opiniões políticas do físico.

Acho que neste momento em que Israel e Irã estão à beira de um conflito armado, talvez fosse o caso de deixar o Einstein cientista de lado e adotar um dos conselhos políticos do pai da teoria da relatividade, formando-se um conselho secreto entre judeus e árabes para se chegar à paz. Afinal, Einstein sempre defendeu que esses dois povos teriam que aprender a viver em paz. Nestas horas, em um cenário no qual pode se desencadear um conflito de proporções continentais, a ciência de Einstein se faz menos importante. A visão que contará para amenizar ou mesmo evitar um conflito é sua visão política, tida por muitos como inocente, por, muitas vezes, ter sido enunciada do modo como Einstein gostava: de forma simples, para que todos entendessem. De inocente, suas ideias não tinham nada.

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Todas as fotos que ilustraram este post são da Universidade Hebraica de Jerusalém.

FONTE 

 

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